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Usina de Quebra-Dentes será construída nesse local do Rio Toropi, entre Quevedos e Júlio de Castilhos
A Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam) concedeu ontem a licença de instalação que autoriza a construção da segunda pequena central hidrelétrica (PCH) prevista pelo grupo catarinense Havan na região de Santa Maria. A licença dada ontem foi para a PCH de Quebra-Dentes, que será no Rio Toropi, entre Quevedos e Júlio de Castilhos, com investimento de R$ 63,4 milhões. O reservatório da usina de Quebra-Dentes terá uma área alagada de 54,6 hectares e uma barragem de 19m75cm de altura, além de um túnel de 2,7km para levar a água até a casa de força, que terá capacidade de geração de 22,4 MW de energia.
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Já a licença de instalação da usina de Salto do Guassupi, também da Havan, havia sido dada pela Fepam em 1º de março. A obra prevê um investimento de R$ 55 milhões na construção, que terá barragem de 22 metros de altura no Rio Guassupi e vai alagar uma área de 79 hectares, na localidade de Rincão dos Albinos, entre São Martinho da Serra e Júlio de Castilhos. A usina, que vai gerar 12,2 MW, terá um túnel de 2,1km. O grupo Havan aguarda a licença de mais duas PCHs do Complexo Toropi. Ao todo, o investimento é de R$ 400 milhões.
Segundo o diretor técnico da Fepam, Gabriel Ritter, a fundação "fez um esforço para reduzir a burocracia e destravar projetos que contribuam para o desenvolvimento do Rio Grande do Sul, respeitando todos os critérios de proteção ambiental". Para liberar a licença, foi necessária a elaboração de um estudo de impacto ambiental e a Fepam deu a liberação condicionando a Havan a cumprir uma série de exigências e ações para preservar fauna, flora e água, entre outras. A licença ainda prevê a realização de contrapartidas ambientais, como a compra de uma área de preservação ambiental.
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OPINIÃO
Conversei nesta terça com o diretor da Havan e um dos diretores dos projetos das PCHs do grupo, Edson Diegoli, e ele confirmou que os planos são começar primeiro a construção da usina de Quebra-Dentes. A empresa está definindo agora quem fará a obra e espera começar os trabalhos ainda no primeiro semestre deste ano, se possível. Seis meses depois, deve começar a construção da outra usina, de Guassupi. A tendência é que as obras levem de 1 ano e oito meses a dois anos para ficarem prontas.
Hoje, a Havan participará de leilões de energia do governo. Segundo Diegoli, mesmo que a Havan não vença o leilão, as obras das usinas começarão este ano. Ele ainda não tem a definição de quantos operários serão contratados para a construção das usinas.
Para a região, as usinas são importantes primeiro porque vão movimentar essas cidades em função das obras. Mas as principais vantagens serão os impostos gerados para os municípios e também a maior confiabilidade do sistema de energia. É que quanto mais perto ocorre a geração, melhor a qualidade de energia e menor o risco de faltas de luz.